22 maio 2010

O Poema


O Poema jorra pétalas brancas
Rosas brancas, pálidas de espanto
ao vento, asas arremessadas, livres
pelo ar.

O Poema surpreendente doçura
mistura mel e terra, fruta-do-conde
Laranja craveira, sorva gomo a gomo

O Poema brota morno, doido
aos borbotões as lágrimas de gozo
inundam as mãos, ávidas mãos

ivy menon

Robin Hood

É um herói mítico inglês, um fora-da-lei que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão. Era hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood. Era ajudado por seus amigos "João Pequeno" e "Frei Tuck", entre outros moradores de Sherwood. Teria vivido no século XIII, gostava de vaguear pela floresta e prezava a liberdade. Ficou imortalizado como "Príncipe dos ladrões". Tenha ou não existido tal como o conhecemos, "Robin Hood" é, para muitos, um dos maiores heróis de Inglaterra.
No entanto o herói não é de fato um ladrão errante que vive em florestas. A história começa quando Robin of Locksley, filho do Barão Locksley é um cruzado e viaja com o Rei Ricardo para catequizar os hereges. Prisioneiro, ele foge e retorna a Inglaterra. No entanto, ao chegar em casa percebe que muitas coisas aconteceram. Aproveitando a ausência do Rei Ricardo, o príncipe John, o segundo herdeiro direto, assume seu trono, aumenta os impostos e mata o pai de Robin, destruindo também seu castelo. Não tendo onde morar, Robin Hood encontra um grupo de homens que moram na floresta e os lidera em uma batalha com o príncipe. Ele quer reaver sua posição nobre e também ajudar aos que se tornaram pobres graças a ganância de John.
Se existiu de fato, viveu algures no século XIII. Uma das primeiras referências a tal personagem é o poema épico Piers Plowman, escrito por William Langland em 1377. A compilação Gesta de Robin Hood, de 1400, sugere que as histórias que compõem a lenda circulavam bastante anos antes.
Existem muitos candidatos a ter em conta, e se quiser acreditar que Robin existiu. De acordo com a investigação de Joseph Hunter, em 1852, Robin era Robert Hood e tornou-se fugitivo por ter ajudado o Conde de Lancaster, que se rebelara contra a cobrança abusiva de impostos do Príncipe João, que por sua vez, usurpara o trono de seu irmão, o Rei Ricardo (apelidado de "Coração de Leão", desaparecido numa cruzada).

(**)

15 maio 2010

FOLHAS SECAS DE OUTONO

Caiam folhas secas de outono
Sobre a terra avermelhada,
E no mais repousante sono,
Num mundo livre, sem dono,
Suspirava a moça apaixonada.

Ela viu chegar um lindo cavaleiro
Montado num cavalo branco,
Ele a arrebatou por inteiro
E sobre o animal faceiro
Saíram a passear pelo campo.

Milhares de pássaros entoavam canções,
Os jardins estavam floridos e perfumados,
Não existiam as quatro estações,
E ela sentiu muitas palpitações
Quando percebeu que o cavalo era alado.

Lá do alto ela via as serras
E as nuvens que as cobriam,
Via também escorrendo pela terra,
Alimentando as plantas e as feras,
As águas que nos rios corriam.

E ao pousar sobre uma colina
Nos braços ele a tomou,
E olhando para cima
Viu-se refletida na retina
Do homem que a conquistou.

E ela não resistiu aos encantos
E se deixou beijar pelo amante tão hábil,
Mas acordou em prantos
Ao perceber que foi o vento brando
Que jogou folhas secas sobre os seus lábios.
(Eduardo de Paula Barreto)
(*.*)

24 abril 2010

E a chuva começou a cair devagarzinho, mansamente, mal tocava o chão. Mas mesmo assim suas gotas ansiavam em encontrar a terra fértil, a terra virgem. Então desciam, desciam. Os passarinhos estavam felizes e podia-se ouvi-los de longe. Seus gorjeios alegres, felizes como se nada pudesse interferir em suas alegrias. Naquele momento o cheiro de terra molhada inebriava minha alma, minha mente, meu corpo, como se tudo fosse apenas uma sensação agradável. Mas eu sabia que era muito mais. Muito mais que a minha sensibilidade pudesse atingir. Era mágico. Era fantástico. Era inteiro. Era real. Eu estava em paz e em plena harmonia com a água, a terra, o vento e uma vontade imensa de continuar vivendo. Só isso já bastava. Um instante de paz que já vale uma vida inteira.

(*.*)

18 abril 2010

Colher Sonhos


Será possível?

Despertar de madrugada

Abraçar a lua adormecida

Desvendar o que há após a esquina

Voar até a China

Descrever e contar estrelas

Olhar através do espelho

Ouvir e descrever estórias belas

Poder tocar violino

Ter o prazer de ouvir serenata

Improvisar feitiçaria e ser bailarino

Caminhar alegre e livre pelas calçadas

Ser continuamente amado

Percorrer o desconhecido

Subir e descer das nuvens

Ser sempre agradecido

Chorar ate cansar

Não necessitar conhecer a saudade

Ter sempre afeição correspondida

Buscar a quietação se preciso

Eternizar o bel-prazer do amor

Deparar com a pessoa adequada

Se não for possível

Persistir buscando

Mesmo por caminhos incertos

Fazer da amada a maior descoberta

Poder curtir o por-do sol

Eterniza-lo se possível

Abrir os olhos sentindo o arrebol

Sorrir feito criança

Mesmo sendo adulto

Jamais perder a infância

Morrer de amor

Contudo permanecer vivo

Viver a paixão com furor

Andar descalço na chuva

Fechar os olhos e se molhar por inteiro

Saborear seus pingos qual uma uva

Mover-se devagar nas manhãs de inverno

Sentindo o frio envolver a vida

Além disso, o que mais desejo

E poder colecionar estrelas e sonhos

Será possível?

(*.*)

Sonho!!


O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Sonhos e revelações


Oniromancia, a previsão do futuro pela interpretação dos sonhos, tem grande credibilidade nas religiões judaico-cristãs: consta na torá e na bíblia que Jacó, José e Daniel receberam de Deus a habilidade de interpretar os sonhos. No Novo Testamento, São José é avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina, e depois da visita dos Reis Magos um anjo em sonho o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro retornar à Israel.

Na história de são Patrício, na Irlanda, também figura o sonho. Quando escravizado, Patrício em sonho é avisado de que um barco o espera para que retorne à sua terra natal.

No Islamismo os sonhos bons são inspirados por Alah e podem trazer mensagens dininatórias, enquanto os pesadelos são consideradas armadilhas de satã.

Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema religião e sonhos, por alegarem que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos dos olhos (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprovados com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias anteriores.

Pensadores e matemáticos como René Descartes e Friedrich August Kekulé von Stradonitzbenzeno após sonhar com uma cobra que mordia sua própria cauda. também tiveram em sonhos visões reveladoras. Em 10 de novembro de 1619 Descartes em viagem à Alemanha teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Kekulé propôs em 1865 a fórmula hexagonal do

"Na nossa cabeça pode haver um sonho por descobrir mas basta dar asas à nossa imaginação e ele aparece!... Se acham que o sonho é impossível e já não acreditam nele, recuem no tempo.."

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17 abril 2010

Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)



Um romance da escritora britânica Jane Austen. Publicado pela primeira vez em 1813, na verdade havia sido terminado em 1797, antes de ela completar 21 anos, em Steventon, Hampshire, onde Jane morava com os pais. Originalmente denominado First Impressions, nunca foi publicado sob aquele título; ao fazer a revisão dos escritos, Jane intitulou a obra e a publicou como Pride and Prejudice.

A história mostra a maneira com que a personagem Elizabeth Bennet lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do início do século XIX, na Inglaterra. Elizabeth é a segunda de 5 filhas de um proprietário rural na cidade fictícia de Meryton, em Hertfordshire, não muito longe de Londres.

Apesar de a história se ambientar no século XIX, tem exercido fascínio mesmo nos leitores modernos, continuando no topo da lista dos livros preferidos e sob a consideração da crítica literária. O interesse atual é resultado de um grande número de adaptações e até de pretensas imitações dos temas e personagens abordados por Austen.

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós".

(*.*)